A apenas um dia das eleições, os mais recentes levantamentos indicam uma margem de cerca de 10% entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, em favor do primeiro. Traduzido em votos no "colégio eleitoral", Obama lidera em 6 de 8 Estados-chave.
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Os anti-americanistas podem chiar à vontade, mas aquele país, a despeito de seus muitos defeitos, é uma verdadeira NAÇÃO.
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ATUALIZAÇÃO (04/11/08 às 11:15 hs.)
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Iniciado o processo de votação, vai aqui um pouco do feeling do blogueiro:
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1- Comparecimento recorde pode significar vitória acachapante de Obama, bem maior que os 11 pontos percentuais previstos.
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2- O uso das chamadas "novas mídias" parece ter entrado definitivamente para o jargão eleitoral. Já ouviram falar em "micro-targeting"? Pois é ao bom uso da internet que alguns analistas explicam a provável vitória de Obama.
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THE SITUATION ROOM (04/11/08 às 20:45 hs.)
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1- Enquete da rede de televisão CNN apontou que 63% dos que acham o Iraque o principal problema dos EUA, votou em Obama. Não tenho mais qualquer dúvida de sua vitória e acho que vai ser de lavada, quase tão grande quanto à enquete feita pelo MR.
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2- A candidata a vice republicana, Sarah Pailen, disse que espera acordar vice eleita. Tirando o aspecto bela adormecida maluquete, até que a Sarinha ainda dá um bom caldo, heim?
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3- Os resultados finais devem ser divulgados no fim da noite. Se eu ainda estiver acordado e tiver saco, volto para uma atualização final.
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AND THE WINNER IS... (05/11/08 às 1:45 hs.)
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Acabam de ser divulgadas projeções razoavelmente confiáveis do resultado das eleições americanas. Conforme esperado, Obama deve vencê-las com expressivas margens, resultando boa folga no colégio de delegados (mais de 340 votos) e ainda na Câmara e no Senado.
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Depois de empossado, podem acontecer os mais variados desdobramentos; será outro capítulo, serão outros quinhentos. Pode, por exemplo, passar para a História como o presidente que pilotou corretamente os EUA numa importante crise financeira e na reorganização econômica em escala planetária. Pode contribuir, decisivamente, para a revalorização dos direitos humanos e reduzir o inaceitável racismo lá e no resto do mundo. Ou pode ser apenas mais um presidente, da longa lista de quarenta e bordoada. Pode até, e inclusive, ser um péssimo presidente e frustrar todas as esperanças nele depositadas pelos cidadãos americanos. Se isto ocorrer, não será o primeiro...
Me dediquei a esse assunto aqui, de forma talvez incomum, porque não creio que tenha apenas sido a vitória de mais um presidente (o quadragésimo quarto, salvo engano), de forma democrática, nos EUA. Nem apenas a vitória de mais um (o vigésimo, acho) democrata. Sequer que tenha sido só a vitória do primeiro negro. Mas, um momento histórico.
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Nesse momento, e sem saber o que o futuro nos reserva, creio que foi uma espetacular vitória da democracia, como forma de governo. Uma emocionante vitória da civilização. E, de certo modo, uma vitória da humanidade, tendo o povo americano como principal ator.
Nesse momento, e sem saber o que o futuro nos reserva, creio que foi uma espetacular vitória da democracia, como forma de governo. Uma emocionante vitória da civilização. E, de certo modo, uma vitória da humanidade, tendo o povo americano como principal ator.
Coisa muito muito rara. Enjoy it!
Grande RM:
ResponderExcluirÉ isso aí, RM, você que obamou desde criancinha tem todo o direito de, agora, relaxar e gozar...
Bem, a menos que sejamos surpreendidos por uma bomba de última hora. Por exemplo: se os soldados americanos, no Afeganistão, conseguirem prender ou matar o Osama Bin Laden...Só aí o McCain conseguiria, talvez, virar o jogo...
rs rs rs
MR
3/11 - 13:27
Grande decanão,
ResponderExcluirpelo menos de incoerência não posso ser acusado.
Se a vitória de um operário no Brasil é um importante símbolo (ao menos isto), um negão na presidência dos EUA é realmente espetacular.
Por isto a foto de Martin Luther King e as palavras de seu famoso discurso em 1963, Obama ainda usava fraldas:
"Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios..."
"Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter..."
I!m losting a dream...
ResponderExcluirMr Almost,
ResponderExcluirdifícil acreditar. Em todo caso, leia a Elianinha: ela sabe trabalhar com a desilusão...
A Elianinha não me quer ver nem pintado. E também não me lê, então...
ResponderExcluirLer cansa-me o cérebro.
Cérebro cansado?
ResponderExcluirPutz, aí já começou a ficar mais complicado.
Deixa ver... A K está precisando de uma ajuda nas tarefas domésticas. Nada que requeira uso de cérebro (acho).
Então?
rm,
ResponderExcluirLi hoje que na Flórida pode haver fraude nas urnas. Aliás, li que lá nos EUA pode haver fraude direto em qualquer estado... Como assim? Lá não é primeiro mundo? Não é estranho?
Torço muito pelo Obama, mas tenho minhas dúvidas se ele conseguirá se eleger. E se se eleger, temo pela sua vida. Americano é muito racista. E adora assassinar presidentes...
Vamos ver amanhã.
Estou aflita.
Bj
Ei Denise,
ResponderExcluirbom tê-la aqui, fazendo comentários inteligentes e pertinentes, valorizando o escrevinhador...
É verdade. Aliás, na última eleição já havia ocorrido naquele Estado. Não creio que isto seja o mais importante: fraudes podem ocorrer em qualquer lugar do mundo. Mas se ocorrerem lá, tenha certeza de que a imprensa (de lá) denunciará.
Hoje mesmo o NYTimes publicou matéria denunciando a situação ilegal de parente de Obama; isto depois de ter anunciado o seu apoio formal ao candidato. Você consegue conceber coisa similar no Brasil?
O fato é que em matéria de instituições democráticas, eles estão anos-luz à nossa frente.
E não se esqueça de que, quando Luther King fez aquele discurso, os negros eram impedidos, à força, de exercerem seu direito ao voto.
Eu admiro muito a democracia deles, mas, cá prá nós, eles votam há mais de 200 anos e ainda não aprenderam a organizar a coisa? Aquelas filas enormes e aquelas cédulas mais que confusas são de dar calafrio em qualquer um.
ResponderExcluirAbraços,
Ana Paula
Ei AP,
ResponderExcluirsim, votam faz trocentos anos, mas de forma "livre e universal" há muito menos tempo. É o caso, por exemplo, do voto feminino que, salvo engano, vigorou antes aqui do que lá.
E de fato o sistema é um bocado confuso, a começar pelo caráter "indireto" da eleição presidencial.
Mas o mais complicado talvez seja a relativa autonomia dos Estados para legislarem sobre o tema. Há Estados nos quais são usadas urnas eletrônicas, outros nos quais a eleição praticamente já foi realizada por antecipação, etc.
Mas você duvida que o sistema seja democrático?
De jeito nenhum, RM. Acho a democracia deles admirável, mas a votação é confusa e pouco prática.
ResponderExcluirAP,
ResponderExcluiro blog da Folha sobre as eleições publica, hoje, um pequeno sumário sobre as regras eleitorais americanas. Talvez seja leitura útil para você ou outros leitores:
http://folhanasucessaodebush.folha.blog.uol.com.br/arch2008-11-02_2008-11-08.html#2008_11-04_00_17_42-132266549-29
rm,
ResponderExcluirUma reflexão: acabei de ler que em NY os eleitores estão ocupando vários quarteirões em filas para votar. Em Indiana, a votação está a espera na fila já passa de quatro horas... E lá ~comparecer às urnas não é obrigatório.Vc acha que brasileiro teria a mesma seriedade?
Um beijo
Ei Denise,
ResponderExcluirsinceramente não saberia responder. Posts atrás esse tema rolou por aqui; há posições defensáveis de lado a lado.
Mas da mesma forma que somos obrigados a tirar as fraldas, as chupetas e as mamadeiras dos nossos filhos; haverá um momento em que precisaremos deixar de tratar os cidadãos brasileiros como se fossem incapazes.
Eu defendo o voto facultativo já; desde que mantenhamos centralizados os sistema de cadastramento, de votação e de justiça eleitoral.
Mas devolvo a pergunta: você deixaria de votar, se tivesse que enfrentar dificuldades?
Ficaria até um dia inteiro na fila se o candidato honrasse o meu esforço.
ResponderExcluirPois acredito que sua posição não é diferente do que ocorre no resto do mundo civilizado.
ResponderExcluirE não me lembro de ninguém duvidar da legitimidade das eleições na Inglaterra, na França, na Alemanha, etc; onde o voto é facultativo.
O contrário, atribuir ao cidadão brasileiro uma hipotética incompatibilidade com a liberdade de escolha; isto sim, me parece algo preconceituoso.
Prezado RM:
ResponderExcluirGostei dos furos que você me deu, no bom sentido, claro... Fiquei tão envolvido com o acompanhamento das apurações e os resultados vieram tão tarde que não consegui postar novamente.
Gostei, sobretudo, deste trecho final da sua atualização:
"...Nem apenas a vitória de mais um (o vigésimo, acho) democrata. Sequer que tenha sido só a vitória do primeiro negro. Mas, um momento histórico..
Nesse momento, e sem saber o que o futuro nos reserva, creio que foi uma espetacular vitória da democracia, como forma de governo. Uma emocionante vitória da civilização. E, de certo modo, uma vitória da humanidade, tendo o povo americano como principal ator".
Concordo totalmente.
E, agora, estou sem saber o que escrevo. Tudo o que gostaria de dizer já foi dito e escrito nos jornais, redes de TV e bos blogs...
Vamos ver o que consigo.
Abraços,
MR
5/11 - 9:38
Agradeço o generoso comentário, MR.
ResponderExcluirE recomendo, como sempre, a leitura da sua opinião (amigos leitores, basta clicar no link à direita).
RM
ResponderExcluirI have a dream ...Obama Bin Laden...Obama, Hosana nas alturas ...Hosana, Obama, Osama ...me fale de Ouro preto, home!!!
Uma bomba (de chocolate).
RM
ResponderExcluirBooooom.
Tô de olho em vc...rsssssssssssss
Tiros de alegria
Ei Beth,
ResponderExcluir"tiros" iguais em você, bela baiana.
Vou providenciar.
(Agradeço também a correção às minhas barrigadas em inglês...)