quinta-feira, 2 de julho de 2009

DE POETAS E FANTASMAS (5)

FANTASIA E REALIDADE

É claro que estão misturadas, pois assim estão na própria vida; mas naquela cidade, envolta em neblina e velhos casarões, nunca se sabe ao certo o que é real, surreal ou fantástico...

Sobre um dos seus principais personagens, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, sabe-se, com certeza, muito pouco, nem mesmo a data exata do nascimento do gênio do barroco mineiro: se 1728, 1730 ou 1738. Também nunca teria sido possível comprovar se ele era mesmo filho de um português e de uma escrava. Mas, principalmente, há grande controvérsia sobre a autoria de muitas das obras a ele atribuídas...

Recentemente, a historiadora ouro-pretana, Guiomar de Grammont, publicou livro no qual contesta a autoria de várias obras e mesmo a sua doença (Aleijadinho e o aeroplano: o paraíso barroco e a construção do herói colonial, Civilização Brasileira, 2008). Lembro-me de ouvir, há muitos anos, o antropólogo Darcy Ribeiro defender tese semelhante, dizendo que o genial artista era um negrão bonito, forte e mulherengo... (conheçam aqui o site do Museu Aleijadinho)

Segundo Guiomar o mito "
serviria à construção de uma identidade nacional, tanto política como artística." E quanto à questão da autenticidade: "Como o trabalho naquele tempo era coletivo, fica difícil saber quem fez o quê (...) Aleijadinho pode não ser uma só pessoa, mas o resultado do trabalho de diversos artistas do mesmo estilo" (citações daqui).















Imagem de Nossa Senhora das Dores (em detalhe à direita), considerada uma autêntica obra de Aleijadinho.



A poesia

Bárbara Heliodora ( c. 1758- 1819) foi esposa do grande poeta inconfidente Alvarenga Peixoto (aqui para uma rápida biografia). A ela é atribuída a autoria, altamente controversa, de apenas dois poemas: um soneto dedicado a sua filha, Maria Ifigênia, e os versos que abaixo reproduzo:

Conselhos a meus filhos

Meninos, eu vou dictar/As regras do bem viver,/Não basta somente ler,/É preciso ponderar,/Que a lição não faz saber,/Quem faz sabios é o pensar.

Neste tormentoso mar/D'ondas de contradicções,/Ninguem soletre feições,/Que sempre se ha de enganar;/De caras a corações/A muitas legoas que andar.

Applicai ao conversar/Todos os cinco sentidos,/Que as paredes têm ouvidos,/E também podem fallar:/Ha bixinhos escondidos,/Que só vivem de escutar.

Quem quer males evitar/Evite-lhe a occasião,/Que os males por si virão,/Sem ninguem os procurar;/E antes que ronque o trovão,/Manda a prudencia ferrar.

Não vos deixeis enganar/Por amigos, nem amigas;/Rapazes e raparigas/Não sabem mais, que asnear;/As conversas, e as intrigas/Servem de precipitar.

Sempre vos deveis guiar/Pelos antigos conselhos,/Que dizem, que ratos velhos/Não ha modo de os caçar:/Não batam ferros vermelhos,/Deixem um pouco esfriar.

Se é tempo de professar/De taful o quarto voto,/Procurai capote roto/Pé de banco de um brilhar,/Que seja sabio piloto/Nas regras de calcular.

Se vos mandarem chamar/Pâra ver uma funcção,/Respondei sempre que não,/Que tendes em que cuidar:/Assim se entende o rifão./Quem está bem, deixa-se estar.

Devei-vos acautelar/Em jogos de paro e tópo,/Promptos em passar o copo/Nas angolinas do azar:/Taes as fábulas de Esopo,/Que vós deveis estudar.

Quem fala, escreve no ar,/Sem pôr virgulas nem pontos,/E póde quem conta os contos,/Mil pontos accrescentar;/Fica um rebanho de tontos/Sem nenhum adivinhar.

Com Deus e o rei não brincar,/É servir e obedecer,/Amar por muito temer/Mâs temer por muito amar, /Santo temor de offender/A quem se deve adorar!

Até aqui pode bastar,/Mais havia que dizer;/Mâs eu tenho que fazer,/Não me posso demorar,/E quem sabe discorrer/Póde o resto adivinhar.


Terror real
Começou ontem o julgamento, em Ouro Preto, de 4 jovens acusados de assassinar a estudante Aline Silveira Soares, em 2001. O caso teve grande repercussão na época, ligado que foi a rituais de magia negra e ao jogo conhecido como RPG (rolling playing game).

"O corpo de Aline Soares foi encontrado em cima de um túmulo no cemitério da Igreja Nossa Senhora das Mercês. A estudante estava sem roupa, com os braços abertos e os pés cruzados, como se tivesse sido crucificada. Havia 17 perfurações pelo corpo. Todas feitas por uma faca. De acordo com as investigações, ela foi morta durante o jogo RPG, no qual os participantes interpretam seus personagens dentro de uma determinada história, como se eles fossem atores. Os três rapazes acusados pelo crime moravam em uma república, onde Aline ficou hospedada com a prima, Camila, e com uma amiga para participar da Festa do Doze [tradicional festa local realizada em 12 de outubro]. Na denúncia, aceita pela Justiça em 2004, a promotora destacou que os suspeitos eram usuários de drogas. A prisão preventiva do grupo foi decretada dois anos depois pelo Tribunal de Justiça, que alegou crueldade do crime. Mas os suspeitos acabaram soltos depois. Para a polícia, eles tentaram acobertar o crime tirando cartazes do jogo RPG do quarto, lavando as roupas usadas e limpando um dos cômodos com cloro. O MP acusou os três também de ameaçarem testemunhas" (citação daqui).

O julgamento deve se estender até o próximo sábado.
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29 comentários:

  1. É, esse escultor devia ser de origem portuguesa. Não só pelo nome, mas sobretudo pela talha da escultura. Ainda hoje, em Portugal, a talha é muito usada na recuperação de edifícios antigos, mobiliário e peças de arte sacra em madeira. Se um dia visitar Portugal e quiser visitar as igrejas desse tempo, verá as enormes semelhanças das imagens esculpidas pelo Aleijadinho com a escultura da época em Portugal.

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  2. Portuga,
    rss. Claro que a imensa maioria dos nomes (e sobrenomes) usados no Brasil é de origem portuguesa, pois? rss

    E também evidente que alguma cultura erudita, em pleno século XVIII, só pode ser tributada à influência metropolitana...

    Mas há características que distinguem o chamado "barroco mineiro" do seu similar europeu. Não sou especialista mas deve se ligar aos materiais (por exemplo, a pedra-sabão), à improvisação e ao gênio dos artistas mineiros, mais que portugueses... rss

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  3. Claro, RM,

    A matéria-prima é brasileira e os verdadeiros artistas são portugas. Ainda é assim, sabia?... Rsss...

    (Tome nota: No século XVIII não havia brasileiros. Havia portugas de naturalidade brasileira. O Brasil brasileiro só nasceu mais tarde, a bit latter...)

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  4. Portuga,
    considero muito divertido você me ensinar história do Brasil... rss

    Anote aí: antes de aqui chegarem seus antecedentes, inclusive um caboclo chamado PEDRO, havia nestas terras (então chamadas Terra de Vera Cruz) cerca de 3 milhões de habitantes (devia ser bem maior que a população de Portugal em 1500, não?), BRASILEIROS, já que nascidos aqui.

    Até a chegada da família real a população negra era qualquer coisa 5 vezes maior que a de origem européia e só começa a perder, gradativamente, sua importância, já nos finais do século XIX, quando o último Portuga que aqui mandou, outro PEDRO, foi embarcado aos pontapés de volta à terrinha...

    Quanto ao sentimento de "brasilidade" essas terras mineiras são as primeiras a expressá-lo, com a Inconfidência, em 1789 e, 50 anos antes, com a revolta de Felipe dos Santos.

    Mas não foram os únicos que lutaram contra o despótico contrato colonial, só mantido pela via da força.

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  5. Perdão, Pedro II nasceu no Brasil e foi um ilustrado imperador. Mas o sistema monárquico (e sua origem familiar) certamente o ligaria muito mais a Portugal que ao Brasil.

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  6. Impressionante! Dois séculos se passaram e você ainda não ultrapassou o complexo de colonizado.

    Em 1500 não havia o Brasil, nem Venezuela, nem Bolívia, nem Uruguai, nem Chile, nem argentina, nem nada: havia um imenso continente povoado por povos indígenas.

    Aposto que esse Felipe dos Santos era portuga e da pior espécie: um traidorzito, ambicioso, que queria notoriedade social para se apoderar das terras mineiras.

    Os ideais que deram início à era contemporânea surgiram em finais de 1789, com a Revolução Francesa. É uma mineirice bairrista da sua parte trazer à liça episódios grotescos de rebeliões anteriores a essa data.

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  7. Rss

    De fato era portuga o caboclo. Aliás, alguns inconfidentes também o eram, a exemplo do grande poeta Tomás Antônio Gonzaga...

    Mas o traidor em questão chamava-se
    D. PEDRO de Almeida Portugal, conde de Assumar: depois de fazer promessas aos revoltosos, atacou, pelas costas, covardemente, a Villa, incendiou as casas dos líderes e condenou Felipe à forca.

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  8. Nesse caso eram dois portugas, our problem!

    Portuga que trai portuga, dá nisso mesmo. Desde crianças que somos educados para amar o nosso país e não denegri-lo. Aqui, por exemplo, Presidente da Republica eleito democraticamente é Presidente de todos e não apenas dos que votaram nele. Respeitamos a vontade da maioria e a escolha que a maioria fez. Isso é que é democracia. Vai ver os blogues dos portugas e veja quantos falam mal do Cavaco Silva, vai... Já do Lula, o vosso Presidente eleito democraticamente, putz! Basta ver o seu e aquele que faz contagem decrescente para o mandato dele terminar.

    Se você quisesse ser coerente e correcto, reconheceria o decisivo contributo dos portugas para a existência do seu país. Muitos portugas deram a vida para defender esse território, para definir as suas fronteiras, para escorraçar invasores.

    Imagina o que não teria sido se, por exemplo, os portugas não tivessem acautelado no Tratado de Tordesilhas o direito sobre as terras que hoje são vossas. Sabe o que os espanhóis fizeram às civilizações indígenas, tipo, Mais, Incas e Aztecas, não sabe?... Exterminaram-nas! Já os portugas legaram-vos não só um país imenso, como imensos valores
    dos quais destaco a tolerância racial. Portuga não eliminou os indígenas: misturou-se e não há memória no Brasil segregação racial como há nos Estados Unidos, na África do Sul e em outros países colonizados por ingleses, irlandeses, franceses, alemães, italianos, belgas, holandeses, etc.

    Vai à Argentina e ao Uruguai contar a proporção dos negões relativamente ao Brasil, vai, vai!!... Rss...

    É uma pena que você, em relação aos portugas, só recorde as coisas más e não relembre as coisas boas, como por exemplo, o facto de termos mantido incólumes muitas comunidades indígenas, que, entretanto, nestes dois últimos dois séculos de independência do Brasil, vocês, brasileiros, têm devastado.

    Ainda há pequenas comunidades de povos indígenas que nem sabem sequer que são brasileiros. Um dia, quando vocês, brasileiros, chegarem a eles, eles vão chamar vocês de invasores. Em vez de ficar penando pelo que aconteceu há quinhentos anos, porque não pega na caneta e no seu blogue para falar disso, hein?

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  9. Rss

    Isto tá parecendo o "samba do portuga doido"... quaquaqua

    Vamos lá:

    1) A postagem é sobre Ouro Preto, Portuga! Seus poetas e suas lendas...

    2) Quem trouxe à baila as diferenças dos tempos coloniais foi você, com seu comentário.

    3) O presidente da República Federativa do Brasil o é de todos os brasileiros, nunca falei o contrário, muito menos propus ou sugeri golpes à legalidade. Agora essa coisa de veneração é típico de culturas autoritárias, isto sim. Aqui, como em qualquer lugar democrático do mundo, o presidente é um cidadão como outro qualquer. Não é "ungido", não é representante de Deus na terra...

    4) Você tem alguma razão em relação a diversos outros tópicos nos quais ressalta a "contribuição" portuguesa à formação do Brasil e de seu povo. Mas eu nunca disse o contrário, não vejo por que deveria fazer o que você sugere...

    5) Cê bebeu, Portuga? rss

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  10. Olha, eu não vou atrapalhar a vossa interessante conversa...

    Lembrei-me do tempo em que eu jogava xadrez por correspondência e que mandava uma carta com uma jogada e ficava um tempão esperando a resposta...

    Mas, fiquei curioso com a figura do Aleijadinho, que eu não sabia que era tão controversa...

    Abraço.
    António

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  11. Tapadinhas,
    não atrapalha de forma alguma: o Portuga é figurinha carimbada e grande admirador, creio, de chess... rss

    Mas eu também só tive notícias dessas controvérsias quando a historiadora, extremamente qualificada, publicou o livro. Segundo ela, para que Aleijadinho fosse autor de todas as obras que a ele são atribuídas, teria que ter vivido mais de cem anos...

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  12. "Devei-vos acautelar/Em jogos de paro e tópo,/Promptos em passar o copo/Nas angolinas do azar:/Taes as fábulas de Esopo,/Que vós deveis estudar."

    Parceiriiim!!!

    Que enredo incrível você conseguiu criar reunindo todas essas histórias/ informações!
    Quanta sensibilidade!

    Habilidade de não perder o fio da meada, produzir um catalisador que dá conta de abarcar 3 assuntos que, sozinhos, já se bastariam.

    "Com Deus e o rei não brincar,/É servir e obedecer"

    ei meu rei: ...dá um autógrafo?
    ;)

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  13. Rm, não só adoro suas postagens elucidativas regadas à muita cultura, como me divirto com o desfecho delas, nos comentários trocados entre vc e o Portuga !! Fiquem sabendo, que o material daria pra um novo Post, que aliás é o que acontece, por tabela !! rs
    Juro que eu cultuava aquele pobre homem sem mãos, com sua "faquinha" - sabe Deus onde - fazendo misérias e parindo maravilhas em pedra sabão !!rss Que decepção! Acho que marcarei hj mesmo uma sessão extra com o analista !!rs
    Tb nada sabia sobre terem posto mais "palavras à boca" de Bárbara Heliodora ! (aliás sábios conselhos, né não ?! rs)
    Quanto à bárbarie de um crime cometido numa jovem, tornando real um simples jogo, é algo tão grotesco, que me faltam palavras!
    Tudo de bom ler vc, sempre!
    Vc é geminiano ou sagitariano ? Ou quiçá as duas coisas, se fizer o seu mapa ... rs
    Beijossss !
    Helô

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  14. P.s. Concordo com Udi, em gênero, nº e grau, ao destacar sua habilidade, talento e sensibilidade em conseguir reunir assuntos tão controversos - que se bastariam por si mesmos - numa mesma linha tênue de ligação ... Haja sensibilidade, perspicácia e sensibilidade !!

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  15. P.s.(2)Ou seja: "aparentemente controversos" ... ESTA foi a sua sensibilidade de percepção !

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  16. Udi, parceirinha,
    cê fica enchendo minha bola; eu vou acabar acreditando, heim? rss
    Sobre a Bárbara Heliodora, musa de famosos versos do poeta, há extensa bibliografia discutindo se os versos seriam ou não de sua autoria. Só no Brasil, não? rss

    Helô,
    repito a resposta à Udi: vocês estão me deixando mal acostumado... rss
    Se eu sou geminiano ou sagitariano? Bem, eu sou economista, mas tem gente (muito generosa) que acha que eu tenho outros talentos... rss
    Thanks, querida, por sua super simpática participação...

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  17. Neguim mineiro, cê sabe que eu não minto o que sinto (tô até rimando ...risos!).

    Só no Brasil mesmo! Somos desmemoriados... sorte ter pessoas como você prá pesquisar e nos situar em nossa cultura de maneira imparcial.

    Viu só? Não sou só eu! A Helô concorda comigo.

    Obrigada por mais esse post! (estou pensando em copiá-lo para guardar para a posteridade... esse poema deve/precisa ser muito divulgado)

    Bom finde, parceirim!

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  18. Ei parceirinha,
    é isso aí: discutem, discutem e deixam pra lá o principal... rss

    Vai descer a serra, nega? Ê vida boa, heim? rss

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  19. O Ms lá em cima... tá brabo, viu!! ahuhauhauah

    Então RM, o brother só não falou do tanto de ouro que o Brasil perdeu, mas enfim, deixa eu esquecer logo disso por enquanto!

    Sobre o Aleijadinho... RM, você acredita que estudei sobre ele na 5ª série do ensino fundamental? E desde minha humildes pesquisas, eu tinha notado variações em cada encicoplédia pesquisada, as datas apresentavam diferenças... Mas não sabia, por exemplo, da autenticidade das obras...

    Quanto a deixa final, poxa... fico triste com essas barbaridades ocorridas com jovens. Isso cria um temor. As pessoas são capazes de tudo.


    Saudações R!!!!
    =D

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  20. rm, boa noite!

    Assunto complexo e sério...
    ]
    Exige leitura calma e concentrada...rs
    ]
    Não gosto de comentar sem ter embasamento...

    Uns dias meio corridos...

    Depois falo mais...rs


    Beijos!

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  21. Ei baianinha,
    o Portuga? Nada; só jogo de cena... rss
    Sim, a extração de ouro das Minas Gerais no século XVIII foi um dos mais importantes fatores de desenvolvimento econômico europeu, ligando-se, diretamente, com o financiamento da chamada "Revolução Industrial Inglesa".
    O Aleijadinho e o barroco mineiro parecem ser uma invenção dos modernistas, especificamente de Mário de Andrade. O enorme valor estético daqueles sempre escapou aos olhos dos estrangeiros, que não conseguem enxergar as diferenças em relação ao barroco baiano, por exemplo, e ao europeu, em geral. Apesar disto, como demonstra a pesquisadora, sabe-se muito pouco sobre o personagem histórico Antônio Francisco Lisboa...

    Ava,
    creio que você se refere ao assassinato da moça, certo? Bem, não procure se informar na imprensa de âmbito nacional, pois o assunto praticamente não está na pauta desses órgãos. Dá até pra se desconfiar de alguma intencionalidade...

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  22. Sim, rm, é sobre o assassinato dessa moça, em Ouro Preto ...

    Me lembro bem da repercussão que esse caso teve n época... Mas depois não mais se falou no assunto, tomei conhecimento do julgamento justamente aqui no Venenos.

    Realmente é complicado saber o que está por trás de tudo isso...

    Beijos!

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  23. Oi, ó eu aqui ó!
    Tentei mandar e-mail (@oi) mas voltou. Make contact, please: mlupedrosa@gmail.com
    Cade o post? Não achei!
    Bjo, bjim, bjão!

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  24. adorei esse post... sem restrições, de verdade ! abs

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  25. Ava,
    mas preciso reconsiderar o comentário: toda a imprensa está acompanhando o caso, só não se está dando a esperada cobertura sensacionalista, o que é bom, inclusive.
    Olha aqui um link para notícias:
    http://news.google.com.br/news?um=1&ned=pt-BR_br&hl=pt&ncl=dE-t_piKJJvlovMEeEMkIMGuNcmIM&cf=all&scoring=n

    Malu(quinha)!
    Só comparece intimando, heim? rss
    Olha aqui o link do post ó:
    http://erreeme.blogspot.com/2009/05/de-poetas-e-fantasmas-4.html

    Ricardo,
    agradeço, meu caro.
    Claro que neste tipo de post não tem jeito de esculhambar com o Lula e seu partido, né? rss

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  26. ...e pelo que ouvi hoje, rapidamente no rádio, tudo acabou em pizza (o julgamento).
    :(

    (volto com mais tempo para ler o post novo)

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  27. Ei parceirinha,
    sim, os acusados foram inocentados por falta de provas.

    Como, aparentemente, foi justo o julgamento, não há muito o que falar e deve-se respeitar o resultado.

    Com a palavra a polícia e o Ministério público...

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  28. Calila,

    Você está sendo injusta. Quem ficou com o ouro foram os ingleses e os holandeses.

    Os portugueses ficaram no Brasil, se aculturaram. Meio mundo no Brasil tem sangue português, desde a Amèlie à Maria Elisabeth.

    Os portugueses, ao contrário dos espanhóis (exterminadores) e dos ingleses e holandeses (saqueadores), sempre foram empreendedores.

    Edificamos milhares de cidades, igrejas, pontes, edifícios, fortalezas; acertamos as fronteiras mais estáveis da América do Sul. Legamos a tolerância multi-racial, a língua que vocês adoram, o jeito que vocês têm.

    Entristece-me muito que me vejam mais como um bandido do que como um amigo. Palavra!

    Fico muito triste.

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  29. Para repor a verdade:

    1) Os ingleses ficaram com o ouro por incompetência de Portugal, já que foi de sua colônia a extração de cerca de 800 toneladas de ouro, no século XVIII.

    2) Parte considerável dessa expropriação ficou, sim, em Portugal, nos Conventos de Mafras e afins. Sem falar no que foi contrabandeado diretamente para o reino.

    3) O "empreendedorismo" colonial português sempre esteve condicionado à lógica de retornar à terrinha, com o butim cheio.

    4) Também foi "empresa" portuguesa a reinvenção do escravismo nos tempos coloniais. Primeiro com os povos indígenas, depois com africanos.

    5) As tradições e heranças culturais portuguesas, assim como os demais aspectos mencionados, foram de grande importância para a formação do país e da gente brasileiros. Por isso são povos irmãos.

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