sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

EM BUSCA DE JUSTIÇA

Lula, o quase (felizmente) ex-presidente da República, no último dia de seu mandato, livrou o terrorista italiano Cesare Battisti de ser extraditado e responder por seus crimes. Covarde, como sempre, deixou a decisão para o último dia, para não se expor à criticas nem prejudicar sua estratégia de manutenção no poder, via sucessão.

Há quem tenha dificuldade em entender tamanho disparate jurídico e diplomático... Eu não! Battisti fez parte de um grupo de dissidentes do Partido Comunista Italiano, em fins da década de 1960 e toda a de 1970, que não aceitava compor com outras forças políticas e elegeu o terrorismo como método de ação política, em plena Itália democrática. As Brigadas Vermelhas foram seu símbolo máximo, mas que também se expressou numa miríade de outras organizações, como os Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), da qual fez parte. Em 1978 o PAC matou Andrea Campagna  e o carabineiro Antonio Santoro. Em 1979 o próprio Battisti assassinou Lino Sabadin e Pier Luiggi Torregiani. Seu filho Alberto Torregiani (no vídeo abaixo) também foi atingido e, desde então (com 15 anos), vive numa cadeira de rodas. Os dois assassinados não tinham envolvimento político e foram mortos em represália a um mal sucedido assalto perpetrado pelo PAC. 

Ora, a história do PT não é muito diferente... Muitos dos grupos que formaram o novo partido, em 1982, haviam tido experiência similar na luta contra a ditadura brasileira. Beberam nas mesmas fontes teóricas, adotaram os mesmos métodos, sonharam os mesmos sonhos. No caso específico do grupo ao qual pertenceu a (quase) presidente Dilma Rousseff, o COLINA - Comando de Libertação Nacional, o recurso ao terror figurava explicitamente em seus estatutos. Mais ainda, como partido em regime democrático, o PT também sempre se recusou a compor com outras forças políticas: inúmeros são os exemplos, destacando-se a recusa em apoiar Tancredo Neves no Colégio Eleitoral e a assinar a Constituição de 1988. Isto até chegar ao poder, naturalmente...

Então, Battisti é dos deles; assim como Achile Lollo, outro terrorista italiano (também com mortes de inocentes nas costas), uma espécie de guru do PT e, mais tarde, do PSOL. Noutras palavras, Battisti é da patota, veio da mesma cepa, tem a mesma origem, representa as mesmas forças radicais que inspiraram parte da esquerda brasileira. É como se salvassem um companheiro petista. Ao fazê-lo, Lula honra o spirit corpus e resgata a história de seu próprio partido...

Enquanto isto, horrorizados, o mundo civilizado e as pessoas com mínimo senso humanitário, assistem à continuada agressão moral às vítimas do terrorista e assassino, representada por sua impunidade:

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6 comentários:

  1. Não importa o dia. Este é um assunto para ser discutido e nunca esquecido! Abs :-))

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  2. Ei Ângela,
    faz a gente desconfiar dos motivos pelos quais Lula deixou o anúncio para esse fatídico dia, não?

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  3. É uma vergonha. E ainda leio no twitter uns babacas elogiando o Lula.

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  4. Ei Terezinha,
    pior ainda é nos jornais e revistas "independentes": sequer chamam o bandido de bandido (refiro-me ao italiano... rss)!

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  5. O PT no poder, trata o país como seu quintal, aonde despeja a água suja e os dejetos de sua ideologia.
    Nós, brasileiros com valores, bem criados e com senso de justiça e moralidade vemos tudo em que acreditamos ser emporcalhado pela sujeira petista.
    Essa gente vem nos envergonhando perante o mundo há 8 anos…
    As últimas eleições deixaram um fato bem claro: metade do Brasil troca sua moralidade por dinheiro, ponto.
    Como já foi escrito, quem troca a liberdade pela segurança, não merece nem uma, nem outra.

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  6. Ei Myrian,
    Dou-lhe razão: é mesmo para se indignar! Em nenhum lugar civilizado do planeta esta decisão seria admitida. E aqui, juízes, juristas e outros bestalhões ainda fazem abaixo-assinado em defesa de bandido.

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