VADE RETRO!

 Em destaque o crucifixo e a Bíblia que "sumiram" do gabinete presidencial


Deixe esta presidência que não lhe pertence!
Nas primeiras semanas sem Lula, o noticiário foi... Lula! Mais um pequeno escândalo (em comparação com outros de seu desgoverno) se somou às férias de sua ex-excelência e de sua ex-excelentíssima família, pagas pelo contribuinte. Desta feita ganhou as manchetes a distribuição de passaportes diplomáticos para diversos membros do clã Lula da Silva (mais aqui,  aqui, aqui e aqui). Parece que o ex faz questão de, a toda hora, lembrar que tem apenas uma capataz à frente dos negócios da República e da Presidência, que deve considerar eternamente sua... Os "deslizes" de Lula encheram páginas e páginas de jornais (e homepages da web); recomendo, para uma análise crítica e acurada, ótimo artigo da jornalista Mary Zaidan (aqui).

Deixe esta presidência que não lhe pertence (2)!

Parece similar o caso envolvendo o desaparecimento de um crucifixo do gabinete presidencial. O que, aparentemente, foi plantado na imprensa como uma diferença de estilos entre Lula e Dilma e como valorização do caráter laico do Estado; acabou como uma sutil insinuação de apropriação indevida por parte do ex-presidente (mais aqui e aqui).
Fato é que, até agora, a ministra da Secretaria de Comunicação da Presidência, Helena Chagas, não divulgou os documentos que comprovam ser o tal crucifixo de propriedade de Lula. Outrossim, Dilma também ficou mal na foto, já que fez uma série de concessões a vários grupos religiosos durante a campanha, a fim de afastar desconfianças da veracidade de seu credo.
Perguntinha: por que Dilma não providenciou outro crucifixo? Medo de queimar? rss

Magos e bruxas

No Irã, os manés ayatolás proibiram os livros do imortal Paulo Coelho. Como se aquela porcaria tivesse alguma importância para ser proibida... Aqui, como não podia deixar de ser, tornou-se tema de disputa política: primeiro com defensores do atual governo, brandindo-se auto-intitulados defensores da liberdade de expressão; eles que mal escondem sua notória filiação censora. Depois, os mesmos tentaram capitalizar uma suposta diferença do atual governo para o anterior, que paparicou a criminosa teocracia... (mais aqui)
Claro, sempre abominável qualquer forma de censura! Aliás, foi o que disse, literalmente, a nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda. A propósito, alguém se lembrou de perguntar à ministra-irmã se ela também condena a censura imposta ao jornal Estado de São Paulo, por um dos maiores aliados do governo que ela representa? 

Cruz Credo

Festa esquisita com gente estranha... É o que se pode falar, por enquanto, a respeito das mal explicadas (e mal enjambradas) medidas relacionadas com o câmbio. Em fins de 2009 e 2010 foram elevadas as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para os chamados "capitais especulativos". Em 2011, que mal começou, criou-se um depósito compulsório para operações no mercado futuro de câmbio e autorizou-se o Banco Central a intervir no mercado de derivativos com recursos do Fundo Soberano (mais aqui e aqui).
Nenhuma dessas medidas (ou o seu anúncio) teve impacto significativo na tendência à valorização do real frente ao dólar. Os déficits projetados para o Balanço de Pagamentos nos próximos anos começam a alcançar as cifras de três dígitos (em bilhões de dólares), o que sinaliza certa urgência na consecução de medidas de ajuste e infla expectativas, boatos e especulações sobre elas.
Nem mesmo o vetusto jornal inglês Financial Times deixou de tirar uma casquinha do nosso, às vezes, cômico ministro da Fazenda, Guido Mantega: "O senhor não está exatamente sofrendo aí embaixo. Ou há algo mais preocupando o senhor que os mercados ainda não sabem?" (mais aqui)

Monstrinho

Com a provável nomeação do atual Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, para o Supremo Tribunal Federal (mais aqui e aqui) ficam sacramentadas três verdades: quem manda mesmo é Lula; qualquer mané pode ser ministro do Supremo (aqui) e só falta nomear o Mãozinha para completar a família Addams naquela casa de horrores... rss