O tema já tinha pintado por aqui, por vias lusitanas, e também no RM NO VERBO, por conta de mais um absurdo caso de sequestro por razões passionais. Dessa vez motivou-me texto publicado ontem no jornal O TEMPO, de Belo Horizonte, pela médica Fátima Oliveira.
Abaixo reproduzo excertos do artigo (o texto completo pode ser lido aqui):
A infidelidade feminina prenuncia uma nova moral?
A infidelidade masculina tem sido a regra e é moralmente aceitável desde a instituição da monogamia feminina. A infidelidade feminina tem sido condenada e vista como moralmente inaceitável. Homens traem desde sempre e mulheres também, só que num percentual menor e mais em surdina.
A intensificação de pesquisas sobre infidelidade feminina ocorreu paralelamente à identificação da paternidade via teste de DNA, a segunda grande derrota histórica das mulheres (a primeira foi a reversão do direito materno), pois lhes retira o poder absoluto de determinar quem é filho de quem.
"Mulheres infiéis: Pesquisas mostram por que elas estão traindo mais e como identificar sinais de infidelidade" é a chamada de capa da "IstoÉ" nº 2.037 (19.11), que no sumário destaca: "capa - Traição feminina: mulheres assumem que estão traindo mais. E o ambiente de trabalho é o mais propício para escapadas". Na página 68, sob a denominação de comportamento, o título é: "Elas estão traindo mais", matéria de Rodrigo Cardoso e Carina Rabelo, com dados de cinco pesquisas que demonstram que as mulheres estão traindo mais ou confessando mais que traem.
Há muito mais nos dados da suposta crescente infidelidade feminina: o contrato social de fidelidade entre os cônjuges é fácil de ser quebrado porque caduca quando um deles se interessa por outra pessoa. É uma lei da natureza humana que precisa ser lida com franqueza e não sob os olhares de uma moral arcaica e decadente. A fidelidade só faz sentido quando voluntária. A moral hodierna, ainda estribada em uma cultura patriarcal, faz de conta que não entende que a obrigatoriedade de ser fiel nos relacionamentos afetivo-sexuais é uma violência quando não mais se deseja aquela pessoa, ou somente aquela pessoa!
DESAFIO
Ao MR e demais membros da bancada masculina da confraria. Querem apostar uma cervejada que não aparecerá nem uma só representante da ilustre bancada feminina - moderna, contemporânea, descolada, liberada... - para comentar esse assunto?
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Primeirona, primeirona!! E olha que seu post é de 15h15 (nossa, um número esotérico?? cê leu o imenso texto lá no Chorik sobre 11h11??).
ResponderExcluirA mulher, que ao longo da história humana é uma criança recém-nascida no quesito "dona do próprio corpo" - coisa recentíssima - perde, logo de cara, na hora da liberação, a possibilidade de esconder quem é o pai da criança...
Aposto como os cientistas pioneiros na pesquisa sobre o DNA -e os fatídicos testes - era homens!! rsrs
Homens e mulheres traem, homens acham mais natural quando são ELES que se interessam por outra (s), com um papo jurássico na linha "é da natureza masculina, blablabla".
É da natureza feminina escolher o macho - alguém aí duvida de que quem faz a escolha é ELA?
O que ocorre é que as mulheres, me parece, sabem fazer (a pulada de cerca) muito melhor...
Beijo!
Perdi a aposta, com muito prazer.
ResponderExcluirMas ou estou enganado ou a senhora G falou, falou e continuou em cima do muro?
As mulheres estão traindo mais ou não?
Uma salva de palmas para Luciana G.
ResponderExcluirAi, ai e ai!
E outra salva de palmas ao Roney, esse sacana, achando que vai tirar alguma coisa da boca da...
ResponderExcluirAh, deixa pra lá!
Risos, mas muitos!
Euzinho???
ResponderExcluirMeu interesse é meramente científico. Juro!!!
rsss
Prezado RM:
ResponderExcluirTô entrando só agora, depois de postar o meu textículo de hoje, que nem é tão textículo assim... tá meio grandinho, do tamanho que o assunto exigiu.
Portanto, não pude apostar e não apostaria em qualquer hipótese, porque tinha a certeza de que a LG e a Amèlie, no mínimo, iriam comentar. Sem abrir o próprio jogo, claro. Aí, meu caro, cê tá querendo demais!
Mas que está havendo mais traição feminina do que existia no tempo dos nossos pais, tios e avós, isso está.
E o tal teste de DNA não tem nada a ver com isso. Cornos mansos, ou mal-informados sobre os próprios chifres, sempre existiram. E hoje estão muito mais comuns do que antes.
Pessoalmente, não tenho nada contra a traição feminina, muito antes pelo contrário, desde que não seja a da minha mulher...Não adianta me tacharem de porco chauvinista, esse classificação também está decadente.
rs rs rs
MR
26/11 - 18:57
Marcos,
ResponderExcluirmas repare no tamanho da lista:
1) AP. Tá legal, ela é casada, mas é uma moça muito bem informada e antenada (sem duplo sentido), portanto poderia, tranquilamente, esclarecer essas minhas dúvidas. E até o texto foi publicado no jornal dela...
2) K. Já falou que o relacionamento com o namorado é relativamente aberto; o que não expressa propriamente uma traição, mas pode refletir outra tendência, que não estamos a perceber... (e hoje mesmo ela foi a uma festa do pijama...)
3) Denise. Acabpu de falar da "escolha errada". Mas seria tão errada assim?
4) Gi. Ok, ok, vamos passar esta... rsss
5) Beth. Custava desenhar pra gente? rsss
6) Patty. Ela já falou que nunca tomou o ornamento, mas, com uns olhos daqueles, já deve ter ornado a turma um bocado... rsss
7) Maroca. Um metro e oitenta de loura, cara... rsss
8) A Srta Rosa. Sapeca e levada daquele jeito...
9) Ju. Outro dia mesmo ela falou que não tava muito santinha...
10) Celine. Cê já viu a quantidade de baiano babão que fica atrás dela?
11) Elianinha. Sem falar na Lídia!
12) Rachel. Dá até medo perguntar...
13) Cora. Não tem blog (ainda) mas já mostrou que é do ramo. Ops, do ramo blogueiro... rsss
14) Mr Almost. Ah não. Esse não...
Além disso, a Luciana G não é só uma, mas quatro... rsss
E a Amèlie vale por quatro (no mínimo)... rsss
(no mais, concordo integralmente. Aliás, não tenho nada contra até da infidelidade da sua mulher... Brincadeira, brincadeira...
Caraca! Será que as meninas viram tua opinião? Tu é doido RM! rsrsrs
ResponderExcluirBah, señor RM. Me permito tecer algumas considerações:
ResponderExcluirtraía quando ninguém traía; nos namoricos lá dos primórdios da minha vida de 'mulherzinha' (há uns quase 20 anitos atrás); traí porque era covarde e as duas que cometi (é cometer o verbo para trair?)foram mezzo que para me dar coragem de terminar o relacionamento.
contei. os 'cornos' foram os terceiros a saber (não dava também pra avisar antes).
.
particularmente é um dilemita em mi vida.
- no creo em fidelidade por muito tempo (bom, eu não - enjoo de tudo e o meu recorde são 5 anos);
- no creo em relacionamento sem fidelidade.
.
logo: no hay relacionamento.
.
e eu sou sapeca na teoria, bêibe. na realidade eu tô, no máximo, subvertendo umas criancinhas. licitamente, aliás.
bezzos,
Rssss
ResponderExcluirValeu o post, Rosita.
Só duas vezinhas? E ainda adolescente? Ah, estas nem contam...
Querida, seu dilema é de fácil solução: troque de relacionamento a cada 5 anos.
Só na teoria? Bién, querendo umas aulitas práticas, estamos aí, nas paraditas de sucesso... rsss
Oi RM, só agora vi seu post. Sei lá eu se as mulheres estão traindo mais, me inclua fora dessa, rsss. Bom, acho que sempre houve traições masculinas e femininas, mas homens têm necessidade de auto-afirmação e saem propagandeando por aí. Pode ser que em nome dos direitos iguais as mulheres tenham resolvido espalhar suas puladas de cerca também. Putz, quanta filosofia barata!
ResponderExcluirUé AP,
ResponderExcluireu não tenho necessidade de auto-afirmação não, nem muito menos saio propagandeando por aí... rsss
Tô vendo que ninguém tá concordando com essa médica ninfomaníaca... rsss
Well... você está, obviamente, duvidando da fidelidade feminina na blogosfera... rs. Pois saiba que eu não duvido que você seja (in)fidelíssimo (ho ho ho).
ResponderExcluirNão sei se devo rir... mas, bah... ao sabor da moda você tem uma certa razão...Infidelidade sempre foi r será, na teoria e na prática, tabu que dá pano pra manga...
Creio que o que mais justifica a traição é o tédio. De Emma Bovary da ficção assim como nós, mulheres modernas, descoladas, independentes, etc etc e etc, queremos uma vida mais imprevisível e vibrante. O tédio mudou de forma ou mudamos nós... vivemos às voltas com uma miríade de opressões para sermos bem-sucedidas, magras, sexys, bem informadas, independentes, descoladas e ... donas de casa.
Tédio.
E Capitolina? A nossa Capitu? Traiu ou não traiu? Ela é um pouco de cada uma de nós. Capitu de olhos de cigana oblíqua e dissimulada... A mulher entre a submissão e a emancipação...Enfrentando o ciúme e a obsessão de Bentinho(s) que não entende(m) o que há sob a dissimulação, que se nega(m) encarar, mais do que a traição, o mundo interior que ela tem a revelar. O mar de sensações que aqueles olhos de ressaca sugerem...
Cora,
ResponderExcluirquanto à Amèlina, digo, Amèlu, digo, Capitu; concordo plenamente... (rsss)
Já comentários inteligentes e bem-humorados como os seus, matam qualquer eventual tédio de se manter um blog.
Assim, gostaria de, mais uma vez, enCORAjá-la a criar o seu. Não precisa tratar de temas como este, que CORAm as pessoas, nem precisa ter muitos leitores, respondendo como em um CORAl. Mas bem que podia ter aquela cor vermelho-amarelada, CORAlina...
Se me sobrar um tempinho hoje, vou dedicar um postinho a você. Nada de muito elaborado, só um clipe. Mas de CORAção.
Vixe, tinha perdido esse post.
ResponderExcluirLuciana eleita nossa porta-voz.
Bom, RM, posso nunca ter descoberto o "ornamento", não? Mais que isso não falo. rs
Bjs
Ei Patty,
ResponderExcluirnem precisa... com um olhar 43 como esse seu... rsss
Obrigado pelo comentário, querida.
Caro rm
ResponderExcluirCheguei de viagem há pouco e estou vendo que tenho muito a ler. Chamou-me a atenção de pronto esse desafio (que para mim, não é desafio algum). Como mulher moderna, contemporânea, descolada e liberdada (Hahahaha, gostei disso no post), vou responder.
Eu diria que as mulheres estão dando o troco nos homens nesse quesito de infidelidade, mas também estão morrendo mais do coração como eles (mas essa é outra história...). Não acredito em fidelidade eterna, em "até que a morte os separe". Acho que toda relação um dia acaba, o famoso "eterno enquanto dure". Pode durar um ano, dez anos, estourando 15 anos. Fazer sexo com o mesmo homem durante tanto tempo perde a graça (para ambos), perde o mistério, o tesão. Não excita, não estimula, fica rotineiro e mecânico. Mas acho traição uma roubada. Sou mais de chegar para o parceiro e dizer que não está bom como está e partir para outra. Já estive no vértice de várias situações sob o mesmo tema: fui traída e sofri muito, mas também já traí (ele não soube). Também já terminei pois estava na iminência de trair.
O que vc acha? Ainda sou moderna, contemporânea, descolada e liberada? rsrsrs
Um beijo e ótima semana.
P.S. Voltarei para ler sobre OP
Ei Denise,
ResponderExcluiracho que você demonstrou, como poucas, que é mesmo moderna, contemporânea, descolada e liberada.
E é claro que se colocada como uma opção frente a uma forma honesta de tratar o fim dos relacionamentos; a chamada traição carece de justificativas. Mas e quando ocorre independente do fim do affair?
Você acha essa hipótese improvável? Nunca foi para os honmens. Será que isto vale (ou passou a valer) também para as mulheres?
Pra você também, querida (e aguardo seu comment sobre OP).
(mas, aqui: agora o sujeito da galhada ficou sabendo, não? rsss)
rm,
ResponderExcluirEu acho sim, essa hipótese provável também para as mulheres nos dias atuais. Essa crença, no entanto, não significa que eu a pratique. Quando estou envolvida, não traio, não tenho olhos para outro homem. Quando traí, a relação já havia acabado sem que um dos dois se desse conta ou aceitasse. E quanto a ele descobrir, não vejo a menor chance. Perdemos o contato e ele nem imagina que eu tenho um blog (se é que ele sabe o que é isso...).
Um beijo pra você
Denise,
ResponderExcluiragradeço o novo comentário e lamento que o post não tenha provocado esse tipo de participação quando foi publicado.
Grande beijo, querida.