O velho ligava Vila Rica (atual Ouro Preto) a Parati, desde o século XVII. Atualmente, a BR-040 é uma rodovia radial, que liga Brasília ao Rio de Janeiro, passando por Belo Horizonte. Pode parecer estranho contar a história de uma estrada, mas esta, em particular, tem bem mais história que os seus quase mil e duzentos quilômetros...
Sua construção começa nos iniciais do XVIII, pela necessidade de uma via de escoamento do ouro das Minas Gerais, mais segura e rápida ao porto do Rio de Janeiro. O trecho entre o Rio e Ouro Preto, corresponde, em grande parte, ao que ficou conhecido como Estrada Real. Atualmente nome também de um importante programa de estímulo ao turismo, nos moldes das "caminhadas" européias. E muitos lugarejos, paisagens e causos fascinantes (informações completas aqui).
Ao esgotamento das minas de ouro e diamantes (fins XVIII a princípios do XIX) seguiu-se longo período de declínio econômico, igualmente traduzido nesta via de transporte. Novo fôlego só em 1861, quando se inaugura a primeira rodovia brasileira, ligando Petrópolis a Juiz de Fora, chamada então Estrada União e Indústria. Em 1931 o trecho Rio-Petrópolis tornou-se o primeiro asfaltado do Brasil, na época conhecida como Rodovia Washington Luís.
Em 1957 o trecho Juiz de Fora-BH (praticamente o mesmo caminho de séculos atrás) foi, finalmente, pavimentado pelo presidente JK. Nesta época, o trecho Rio-BH já tinha a denominação de BR-3, o que perdurou até 1964. A partir dos anos 70 começaram os trabalhos de duplicação e, na sequência, de concessão à iniciativa privada.
Apesar dos avanços, ainda é uma das mais perigosas - e belas - estradas do país, serpenteando as montanhas de Minas e a Serra dos Órgãos em direção ao litoral. Alguns trechos, como a "curva do sabão" e o Viaduto da Almas, ficaram famosos pela quantidade e gravidade dos acidentes, em muitos e muitos anos de sua existência. Mas acho difícil que hajam paisagens mais deslumbrantes (e estonteantes) que as que se encontram nessa rodovia singular.
Acima, Tony Tornado cantando BR-3 (Tibério Gaspar/Antônio Adolfo). Mais anos 70 que isto, impossível...
ATUALIZAÇÃO (25/11/08 às 16:30 hs.)
Luciana G, vestida de um modo um tanto viborino, chamou minha atenção para o outro lado da moeda. Danada essa menina! Bem, eu que não sou de levar desaforo pra casa (rsss), respondi.
Tá tudo lá no VERBO VENENOSO (cliquem aqui).
ATUALIZAÇÃO (26/11/08 às 10:10 hs.)
Meu amigo Marcos Rocha, decano jornalista e publicitário velho de guerra, sugeriu que eu atualizasse esse postinho com um dos muitos vídeos institucionais produzidos pelo Instituto Estrada Real, instituição responsável por coordenar o programa Estrada Real.
Sinceramente, acho que esta turminha não merece a deferência, mas atendo a solicitação de MR, pela amizade e para melhor ilustrar o post, já que não é possível pensar a Estrada Real sem pensar na BR-040 (embora esse pessoal do Instituto ainda não deva ter descoberto essa "pólvora").
O vídeo tem 10 minutos e vale pela beleza das imagens.
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Grande RM
ResponderExcluirSua indicação do site, ou melhor, do Portal da Estrada Real é muito boa.
Acho que você deveria fazer uma atualização e indicar o vídeo que está lincado lá e que remete ao YouTube, o qual é uma síntese muito boa do que você quis
expor e valorizar. O endereço é:
http://www.youtube.com/watch?v=eK3UBjUqS8M
Abraço,
MR
25/11 - 12:02
Grande caboclo MR,
ResponderExcluirpra falar a verdade não tava muito a fim de dar essa colher pro "Alemão", não. Mas vossa decania não pede aqui; manda!
Vou atualizar com a sua indicação.
Pra quem esperneou tanto pra fazer um blog, o senhor tá (me) saindo melhor que a encomenda. Pqp!
ResponderExcluirBeijos
Ei Mèlinha,
ResponderExcluirpor falar em espernear e pernas; a sua foto de saltos altíssimos, no seu blog, tá uma coisa, heim...
Quase tão longas quanto as retas da 040 no trecho BH-Brasília. Mas com muito mais curvas...
rsssss
Aula oportuna, sem dúvida.
ResponderExcluirPena que as montanhas ali pros lados de Brumadinho, fazendo a curva até Itabirito, são todas da MBR, não vão escapar da exploração de minério...
Mais, escrevi lá no verbo venenoso...
ResponderExcluirLuciana G.
Já li e já respondi, Luciana,
ResponderExcluiracho que vou puxar essa conversa para a atualização desse post, pra ficar mais fácil a turma acompanhar.
RM, Luciana G!
ResponderExcluirmoral da história:- ainda tem muito chão pela frente!!
...mas o que importa é que estamos sempre caminhando (!) (será??)
ResponderExcluirEi, RM, "Sentado a Beira do Caminho" ... bem anos 70, mora?? =P
http://www.youtube.com/watch?v=L0RP-BAuBo4&feature=related
Ei Cora,
ResponderExcluiristo não é do meu tempo não, nega. Talvez a Luciana conheça... rsss
Ah tá... podes crer, amizade... não gostas do Tremendão mais que do Negão?
ResponderExcluirTá legal, você venceu: fico com a Wanderléia! rsss
ResponderExcluirOI, RM:
ResponderExcluirEu havia sugerido que você desse o link, mas você fez melhor: baixou e, depois, teve o trabalhão de fazer novamente o upload que, num vídeo de 10 minutos, deve ter demorado um tempão.
Ficou muito bom...
O texto do vídeo também é interessante e a narração, excelente. Deve ter sido um ator fazendo a locução.
Quem é o "Alemão" a quem você não queria dar essa colher-de-chá? Eu conheço o bruto?
Abração
MR
26/11 - 14:58
Ô MR,
ResponderExcluiré o presidente dessa "ong" Instituto Estrada Real e dono daquele famoso restaurante (de BH) Era uma vez um chalezinho. Que tem até um nome simpático e hoje, acho, funciona num dos condomínios chiques de New Laima (acho que é amigo da Luciana G... rsss).
E, por acaso, é alemão ou descendente de alemães.