Sino de igreja em Itapecerica (MG).
Ontem o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concedeu aos toques de sinos em Minas o título de patrimônio imaterial tombado. O pedido, encaminhado pela cidade de São João Del Rey, era analisado pelo Iphan desde 2002. Além dessa cidade foram também contempladas Congonhas, Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Serro, Sabará, Tiradentes e Catas Altas.
A tradição remonta aos tempos coloniais e estava em vias de se perder por falta de manutenção dos sinos e sua substituição por equipamentos eletrônicos. "(...) os toques são religiosos e têm finalidade social ou de defesa civil. Com sinais bem característicos, os nomes dos toques dos sinos, principalmente os repiques, foram criados pelos sineiros no tempo colonial e preservados na tradição oral. Os mais conhecidos são Ângelus, exéquias, cinzas, finados, passos, treva, toque da ressurreição, Te Deum, incêndio, agonia, fúnebres, festivos, de parto, posse de irmandade, de almas, de missas, Natal, ano-novo, das chagas ou morte do Senhor" (citação daqui). "Muitos toques foram criados pelos próprios sineiros e a tradição foi sendo passada de pai para filho. A linguagem dos sinos de São João Del Rei possui as seguintes modalidades de toque: dobre simples (quando o sino cai pelo lado em que está encostado o badalo, ocasionando uma só pancada em cada movimento); dobre duplo (quando o sino cai pelo lado contrário em que está encostado o badalo, ocasionando duas pancadas em cada movimento); e repiques (quando o movimento é feito somente pelo bater do badalo, com o sino parado)" (citação daqui).
Com a proclamação espera-se que possam se viabilizar propostas como a criação do Museu do Sino e medidas para o aprendizado de novos sineiros e de conservação dos sinos.
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Que sino sensacional! Adoro estes teus textos histórico-informativos...
ResponderExcluirTem tanta coisa pra conhecer neste país - coisas boas...
Beijos e bom findi
Anne
Ei Anne,
ResponderExcluire eu adoro quando você vem aqui, sempre simpática e generosa...
Sinos portugueses em Minas!
ResponderExcluir"Ó sino da minha aldeia..."
http://www.youtube.com/watch?v=9TUp_GiHPn8&feature=related
"A Procissão":
http://www.youtube.com/watch?v=akAfDVrRHGA
Ué, queria que os sinos fossem indígenas ou africanos?
ResponderExcluir(lindíssimo poema de Pessoa)
Por quem os sinos dobram?
ResponderExcluir=)
Ué, nem sabia que eles eram "dobráveis"... rss
ResponderExcluirdobra essa língua, peçonhentinho! rs
ResponderExcluirDobro! Aliás, é capaz de dar mais de uma dobra... rss
ResponderExcluir(se fosse o Lula não tinha jeito, né? rss)
Linda postagem! ...como sempre.
ResponderExcluir(mas não resisto à bricadeira: http://www.youtube.com/watch?v=I0PamtXZO70)
Comentário super simpático! ...como sempre.
ResponderExcluirÔ, tamos aí: tocar sinos é comigo mesmo... Mas o nome técnico é "badalo", sabia? rss
Rsss...
ResponderExcluir(Rio, mas não comento)
Parceirim, nada como falar com um especialista, nénão? (...risos!)
ResponderExcluirMonsieeeur!
ando por demais preguiçosa com a leitura dos blogs :(
Com isso sei que estou perdendo a continuidade da boa e hilária leitura do Once...
Ainda bem que posso encontrar seu bom humor por aqui.
A leitura do Venenos já virou hábito, por isso não sofreu as consequências da preguiça... sabe? como escovar os dentes todas as manhãs... vital.
Thanks, querida. Mas você sabe, né, anos e anos de prática... rss
ResponderExcluir(afinal envelhecer tem suas vantagens...)
Ei Parceirim, estou quase convencida que envelhecer só tem vantagens
ResponderExcluir...claro que devemos relevar umas ruguinhas aqui e uns quilinhos ali (...risos!)
Eu não estou convencido, não. Mas, de todo modo, já perdi uns quilinhos... rss
ResponderExcluirRsss... Essa do badalo é de muito bom gosto. E é um nome técnico.
ResponderExcluirPortuga,
ResponderExcluirvocê não sabia que a peça que fica no interior do sino chama-se badalo? Tsc tsc...
Bem, não pode culpar-me por sua ignorância... rss
Guri,
ResponderExcluirVocê não tinha ainda visto um sino a menos de 10 metros de distância e já eu badalava em repiques a partir do meio de campos de milho o sino da capela do lugar da minha aldeia (Capela de Santo António), a meio da noite, puxando um fio de sediela que havia previamente atado ao badalo, só para acordar a aldeia e sarapantar os fregueses com a ideia de uma desgraça assim anunciada.
Só que, pelo menos aqui, na gíria "badalo" tem um significado muito diferente.
É Portuga,
ResponderExcluirsão os chamados usos da língua, ops... rss