Último da série que tratou da música dos integrantes da banda após a separação. Ao todo foram postadas 74 canções e ficaram de fora alguns sucessos históricos, por não constarem da base de dados ou por uma questão de gosto pessoal. No geral acho que é bastante representativa das obras-solo dos Four Fab (cliquem na tag "is over" para ver todas as postagens).
Da lista, com McCartney: Bluebird (1973); Coming Up (1980); Ebony and Ivory (1982), lindíssima canção gravada com Steve Wonder; So Bad (1983) e Hope of Deliverance (1993). Com Lennon: Whatever Gets You thru the Night (1974); Nobody Told Me (1980) e Watching The Wheels (1980), ambas só lançadas postumamente. Com Harrison: That Is All (1973), com um lindo solo de guitarra by Harrison e Teardrops (1981). Com Starr: You're Sixteen (R.B. Sherman/R.M. Sherman), 1973, com participação de McCartney e Only You (Buck Ram/Ande Rand), 1974.
Quinto (e último?) da série que trata da música dos 4 sacanas de Liverpool depois do fim dos Beatles.
Com McCartney: Live and let die (1973); Let 'Em In, 1976; Somebody who cares, 1982; No more lonely nights, 1984, versão estendida, com guitarra solo de David Gilmour; e, Once Upon A Long Ago, 1987. Com Lennon: Instant Karma (We All Shine On), 1970; Mind Games, 1973; #9 Dream, 1974. Com Harrison: What Is Life, 1971 e Blow Away, 1979. Com Starr: Don't Be Cruel (Otis Blackwell), 1990, em regravação do clássico de Elvis de 1956.
É bastante conhecida a rivalidade musical entre Lennon e McCartney, ao tempo dos Beatles. A rigor, esta saudável concorrência (e, diga-se de passagem e ao contrário do que pensam certas empresas petrolíferas quase-monopolistas, a concorrência é sempre saudável) foi a responsável, em última instância, pelo número espetacular de grandes canções gravadas pela banda.
Mas a disputa continuou após o término do conjunto. A provocação, atribuída a McCartney ainda no primeiro álbum solo, veio com Too many People, 1971 (bem como por outras canções que, segundo se diz, Lennon considerou a ele dirigidas: "Dear Boy" e "The Back Seat Of My Car"). A resposta de Lennon, em termos quase grosseiros, veio com How do you sleep?, 1971. Tempos depois McCartney retomaria o tema, em Silly Love Songs, 1976, numa referência sutil ao engajamento político de Lennon, como em Woman is the Nigger of the World, 1972.
Completam esta seleção, de Lennon: Love, 1970 (uma balada digna de McCartney) e One Day (At a Time), 1973. De McCartney: Maybe I'm Amazed, 1970 (escrita ainda em 1968) e The Girl is Mine (Michael Jackson), 1982, que lembra bastante a nossa "Teresa da Praia" (Tom Jobim e Billy Blanco), imortalizada nas vozes de Dick Farney e Lúcio Alves.
De Harrison (que pouca chance teve de mostrar suas músicas no tempo da banda): Bangladesh, 1971 (feita para o show beneficente em New York, em favor dos exilados daquele país); Love Comes To Everyone, 1979 (em gravação ao vivo, com Eric Clapton, com o qual disputou o amor de "Layla"); This is love, 1987 e When We Was Fab (em parceria com Jeff Lynne), 1987.
Amigos, por motivo de força menor (by Luciana G) este chalezinho fará breve recesso. Volto na próxima semana. Hasta la vista, babies!
Calma, muita calma nesta hora! Não se trata de nenhuma proposta indecorosa, mas de um dos muitos versos que Lennon dedicou à sua mulher, Yoko Ono, a japinha. Estão na canção Oh Yoko, 1971, do álbum Imagine. Do mesmo álbum é Gimme Some Truth, 1971, uma das muitas canções de protesto feitas pelo compositor (no caso específico, contra a Guerra do Vietnã) sobre uma belíssima construção melódica. Anterior às duas é Isolation, 1970, do primeiro álbum solo. Beautiful Boy (Darling Boy), 1980, feita para um dos filhos do compositor, completa a seleção dessa série. Um de seus versos, "Every day in every way/It's getting better and better", dialoga com o clássico dos Beatles, escrito por McCartney...
Deste último selecionei canções mais recentes, exceto Too many People, 1971 e Jet. 1973. Pipes of peace, 1983, nada tem a ver com divergências blogosféricas e Young Boy, 1997, não previra, suponho, que as pessoas demorariam cada vez mais para amadurecer.... rss. Por último, Ever Present Past, 2007, sugere que pouco sobra da velocidade e superficialidade dos tempos atuais.
De Harrison (desta feita não vou postar nenhuma de Starr): Dark Horse, 1974, que não se relaciona com passeios de Lady Godiva nem outras damas "avassaladoras"; Got My Mind Set on You (Rudy Clark), 1988 e This Song, 1989.
ATUALIZAÇÃO (09/05/09 às 11:50 hs.)
Aos amigos beatlemaníacos de plantão (e sei que são muitos e de todas as idades): meu chapa Dom Marcos Rocha I (e único), seguindo linha de postagens de utilidade pública, ensina como ter orgasmos múltiplos escutando a velha e boa música dos 4 sacaninhas de Liverpoll (link aqui).
E aproveitando o ensejo - e já que a japinha, gostem ou não, fez sucesso mesmo -, segue lista com The Ballad Of John And Yoko (Lennon/McCartney), 1969; Dear Yoko, 1980 e Oh Yoko, as duas últimas em versão acústica.
Ano que vem, exatamente no dia 10 de abril, completar-se-ão 40 anos do fim dos Beatles. Eu disse fim? Bem, mera força de expressão, a julgar pelo recorrente interesse das novas gerações pela música produzida pelos chamados 4 fabulosos de Liverpool... Veja-se, por exemplo, esse post da Sayonara, uma das mais jovens integrantes da "Confraria".
Mas mesmo depois da dissolução da banda os 4 continuaram a produzir ótima música, independente do gênero que se deseje confiná-la. Dezenas das canções produzidas após a separação tornaram-se novos clássicos da chamada pop music; muitas clássicos da música universal. Esta seleção traz algumas delas e tenho material para meia dúzia de postagens, por baixo...
De McCartney: Every Night, 1970; Ram On, 1971; Another Day, 1971; My Love, 1973 e Distractions, 1989. De Lennon: Mother, 1970; Jealous Guy, 1971; Oh My Love, 1971 e Womam, 1980. De Harrison: All Things Must Pass, 1970 e Someplace Else, 1987. De Starr: Photograph (Harrison), 1973.
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E bom fim de semana a todos...
ATUALIZAÇÃO (26/04/09 às 11:40)
Amigos, cometi um grosseiro erro de avaliação ao julgar que algumas ilustres leitoras estavam a praticar greve de sexo, ops, de comentários em relação a este postinho. Esse meu cartesianismo vulgar ainda me mata... Na verdade, como pude depreender, depois de alguns conselhos kantianos doMr Portuga, tratava-se de um protesto contra a fórmula que adotei de fazer uma postagem por semana sobre esse assunto.
Rendendo-me às evidências e comprovando a tese de que as leitoras sempre tem razão, antecipo em uma semana a segunda postagem sobre as carreiras-solo dos 4-fab:
Com Lennon: How?, 1970; Imagine, 1971; Stand by Me (Leiber/Stoller/King), 1975 e (Just Like) Starting Over, 1980. Com McCartney: Uncle Albert, 1970; Mrs. Vandebilt, 1974; Here Today*, 1982 e My brave face, 1989. Com Harrison: My Sweet Lord, 1970; Give me Love, 1973 e All those Years Ago*, 1981. Com Starr: It don't Come Easy (Harrison), 1973.
(*) As duas canções foram compostas em homenagem à Lennon, depois de sua morte.