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terça-feira, 19 de maio de 2009

PARA QUE SERVE (BY RS) ANDRÉ VARGAS?

Quando você acha que já viu de tudo nessa vida, eis que aparece um energúmeno (geralmente petista... rss) a comprovar, mais uma vez, que a imbecilidade da espécie a qual pertencemos não conhece limites...

O espécime ao qual refiro-me atende pela graça de André Vargas e é deputado federal pelo PT do Paraná (mais? argh: aqui). Numa rápida checagem do desempenho parlamentar do nobre "colégua", sobressaem as seguintes propostas: a) projeto de lei para mudar o nome do aeroporto de Londrina; b) projeto de lei para tornar obrigatório o uso de detector de metais nas rodoviárias; e, c) sugestão "à Casa Civil da Presidência da República a possibilidade de decretar Ponto Facultativo para as Comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil" (para saber tudo o que o representante do bravo povo paranaense fez com o dinheiro, seu, que paga o salário e outras cositas más, dele; cliquem aqui) .

Sua excelência, em radioso momento de criatividade propôs - e o seu indefectível partido concordou em - "se engajar em uma mobilização com organizações da sociedade civil para denunciar supostos interesses políticos da oposição na investigação aprovada no Senado sobre a estatal [Petrobrás]". E mais: informou a digníssima figura, que já está prevista manifestação pública, somando ao seu esquizofrênico partido, as forças "democráticas" da CUT e da Federação Única dos Petroleiros; "na próxima quinta-feira, quando [os] manifestantes darão um abraço no prédio-sede da empresa..." (mais aqui).

Ué, mas não é o partido dele que governa o país? Que tem maioria nas duas casas parlamentares? Que nomeia o presidente da estatal, fora os trocentos outros cargos correlacionados? Ele não é governo? E é ele quem protesta? Hã? Heim? Cuma?

Ô deputado, com todo o respeito, vá à merda!


Ah, olha a foto do sujeito aí! Simpático, não? rss

Sobre a ainda incerta CPI da Petrobrás leiam (aqui) neste chalezinho ou (aqui e aqui) no PG do Marcos Rocha.
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sexta-feira, 17 de abril de 2009

BOTINADAS CÍVICAS

Depois que o ex-ministro Zé Dirceu tomou umas bengaladas à época do escândalo do mensalão, meu amigo Marcos Rocha propôs um movimento que distribuísse "bengaladas cívicas" na corja que, em geral, governa o país. Não posso concordar com a violência física, mas proponho "botinadas (virtuais) cívicas" nos cidadãos que teimam em nos lembrar que ainda temos muito a avançar antes de nos considerarmos um país verdadeiramente democrático.

O espaço está aberto a quem quiser, sem censura. Claro, preservada a boa educação e demonstrada a tese, quando tratar-se de algum tipo de denúncia. Inauguro o label com os membros do Supremo Tribunal Federal.


"As botas de Van Gogh"


Não me alinho entre aqueles que preferem ressaltar as qualidades de "farinha do mesmo saco", relativas ao exercício da vida pública no Brasil. Menos ainda entre os que desprezam as instituições democráticas e julgam que sua supressão possa contribuir para algo além da instauração do despotismo; seja qual for a matiz ideológica. Mas sinto-me realmente na contra-mão quando defendo que o Poder Judiciário é hoje, no Brasil, o fiador da democracia...

Com todas as suas mazelas, que não são poucas, foi o poder que mais evoluiu desde a promulgação da Constituição vigente. Para tanto foram elementos contributivos a própria Constituição democrática de 1988, a chamada "reforma do judiciário" ainda no período FHC e a notável (e produtiva) renovação dos membros da corte suprema, que deve ser creditada ao governo Lula. Em que pese a enxurrada de críticas que enxerga no papel mais ativo do judiciário brasileiro um desvio de suas atribuições, extrapolando sobre a competência dos demais poderes; vejo com bons olhos um abrangente leque de decisões que vão desde a adoção de "súmulas de jurisprudência" à interpretação da fidelidade partidária, que pôs fim à verdadeira orgia em que havia se transformado a troca de partidos no país.

Claro, ainda há muito a caminhar e esse caminho não é o mais curto, não se pode exigir resultados imediatos nesse campo. Mas há algo que requer mudança urgente: o número de recursos e a possibilidade de postergar decisões judiciais é, no Brasil, motivo de escândalo, no mínimo. Em nome do "amplo direito de defesa" e do "devido processo legal" não raro institui-se o "amplo direito de impunidade" e o "devido processo protelatório".

Não sou versado nesta matéria e não me atreveria a indicar possíveis soluções para o problema, mas qualquer pessoa minimamente esclarecida deve ter as faces ruborizadas quando escuta termos como "agravo de instrumento contra recurso especial" ou "embargo de declaração contra erro de julgamento". Significam, no mais das vezes, repetir ad infinitum o processo e mantê-lo in eternum tramite.

Este parece ser o caso denunciado por Bruno Daniel, irmão "exilado" (em favor de sua própria vida) do prefeito assassinado Celso Daniel, em rumoroso caso ocorrido há sete anos. Para uma revisão completa da questão, recomendo ótima postagem de Marcos Rocha (aqui). Mas em síntese - e vergonhosamente quase sem destaque pelo noticiário - trata-se do desabafo de mais um que deixará de acreditar na justiça brasileira. Com a palavra os excelentíssimos ministros do Supremo Gavetal Federal, abaixo.


Da esquerda para a direita: ministros Carlos Alberto Menezes Direito, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Eros Grau, Cármen Lúcia Antunes Rocha e o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza (em pé), Ellen Gracie, Celso de Mello (decano), Gilmar Mendes (presidente), Marco Aurélio e Cezar Peluso (vice-presidente)

quinta-feira, 5 de março de 2009

DITAMERDA

OU MVM (MOVIMENTO DOS VÃO À MERDA)

Amigos(?) leitores(?) [rss],

é sobre essa recente polêmica, criada a partir de um editorial da Folha de São Paulo, que chamou de "ditabranda" o regime militar de 64. Confesso: nem sabia da tal polêmica até ler ótima resenha do meu amigo Marcos Rocha (leiam aqui), há pouco mais de meia hora. E, fato é, que existe lista de assinaturas e manifestação de repúdio marcada para acontecer em frente à sede do jornal.

Mas, afinal, que merda é esta? Explico, como se vocês tivessem seis aninhos (como diz certa blogueira... rss):

1) Um idiota qualquer, do corpo de editorialistas da Folha, cunhou o termo.

2) Houve muitas manifestações contrárias, em cartas dirigidas à redação do jornal, que as respondeu com a habitual e conhecida arrogância jornalista.

3) Um caboclo chamado Eduardo Guimarães (vejam aqui), sobre o qual não tenho (nem quero ter) nenhuma informação biográfica, mas sei que preside uma (picaret)ONG chamada "MSM - Movimento dos Sem Mídia"; propôs e encampou a ideia do abaixo-assinado e do protesto em frente ao jornal.


E o kiko? Ora, ora, já é a campanha presidencial nas ruas! De um lado (paulista) um bando de esquerdóides rastaqueras ligados, de algum modo, ao governo e ao PT; de outro gente (também paulista), igualmente desqualificada, ligada ao PSDB e ao DEM. No meio, a apreciação pelo Supremo, das ações (patrocinadas oficialmente pelo governo) que discutem a constitucionalidade da Lei de Anistia. Está criado mais um factóide, reforçando as duas candidaturas já postas.

Mas o país não é só São Paulo, apesar de sua óbvia importância. Nem a questão da "revisão" da Lei da Anistia tem qualquer relevância a esta altura do campeonato. Seguinte, proponho a criação do MVM: vamos mandar à merda esse bando de gente (paulista) à toa!


ATUALIZAÇÃO (06/03/09 às 15:00 hs.)

Recomendo vivamente nova postagem sobre o assunto, feita por Marcos Rocha (leiam aqui). Apesar de não concordar integralmente, chamo a atenção para o aspecto de que sua postagem "fura" grande parte da imprensa tradicional ao defender a tese de que, a rigor, a FSP não mudou muito sua ótica a respeito do regime militar.

Outra discordância que mantenho é a de não me sentir representado por muitos dos que protestaram publicamente e fizeram coro e número no abaixo-assinado. Como se defensores do estado de direito e do regime democrático fossem figuras que, ainda hoje, apóiam a ditadura cubana e os projetos de ditadura na Venezuela e na Bolívia, entre outras banana republics. Sinto que há uma usurpação de uma bandeira que não é deles.

Finalmente, quero enfatizar o absurdo grau de leviandade que é politizar (partidariamente) a questão da anistia no Brasil.
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