
O senhor Rafael Correa (foto acima), economista e presidente da República del Ecuador; mandou avisar que deve, não nega... (leiam no JBonline)
O Equador é um dos menores países da América do Sul, habitado por cerca de 14 milhões de almas, que vivem, basicamente, das exportações de petróleo (e bananas). Commodity esta que teve seus preços internacionais reduzidos a cerca de um terço do que valiam uns poucos meses atrás.
O atual presidente ascendeu ao poder em 2006, com uma plataforma política que lembrava determinado partido, hoje também no governo do Brasil. Entre as propostas, aprovadas em eleições, estava a auditoria da dívida externa, ora posta em prática. Não sei se também foram promessas de campanha, mas o chefe do Executivo equatoriano tomou outras providências: deu abrigo aos bandoleiros das Farcs, "demitiu" a Corte Suprema do país e cuidou de criar a (sua) reeleição, em referendum.
Do total da tungada, cerca de US$ 250 milhões estão pendurados no BNDES, por conta de uma usina lá construída pela empreiteira Odebrecht. Considerando-se que o principal acionista do referido banco é o Tesouro Nacional, pode-se supor que quem pagará a conta são as cerca de 200 milhões de almas que vivem aqui, abaixo da linha do Equador.
Bem, hoje é sábado e é bastante provável que a empreiteira já tenha recebido sua parte. Por sua vez, o BNDES deve ter feito hedge. E afinal, o pavão também já apareceu em todos os jornais...